Chapados de cloroquina: a morte da empatia

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Sinopsis

O que houve conosco durante esta pandemia? Assassinamos a empatia? Estávamos conscientes ou embriagados... talvez, como diziam os versos de Jim Morrison no poema Stoned Immaculate: “Aqui no perímetro não há estrelas; aqui a gente tá chapado...Imaculado.” (Tradução livre).

Nosso governo federal estocou como nunca uma medicação ineficaz para tratar a doença que causou a maior mortandade da nossa história: doentes de malária não puderam se tratar porque esgotamos a cloroquina, droga ineficaz para tratar a Covid-19, mas que trata justamente as febres do plasmodium. Tratamos criaturas sem células como vírus como se fossem seres unicelulares como protozoários e vidas humanas como se fossem descartáveis como insumos econômicos inesgotáveis. Nenhum evento, doença, revolta, insurreição ou guerra matou tantos brasileiros como a Covid-19. E o que fizemos? Chapamos. Chapamos nas festas clandestinas, nas aglomerações evitáveis e nas abominações que cometemos. Chapamos nossos celulares e redes sociais de ódio, fakenews, egoísmo e futilidades, chapamos muito... mas ao contrário dos versos de Jim Morrison, ficamos chapados, mas nada imaculados.

Neste novo ensaio, Alexandre Gossn reflete sob...