Crônicas Comunistas

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Sinopsis

Um caldeirão cultural e uma política
efervescente. Isso sintetiza o cenário do
Recife no alvorecer do século XX, quando
Raul Azedo, Joaquim Pimenta e Alice Azedo
Pimenta mergulharam de cabeça na produção
cultural, escrevendo um jornal ativo, de
esquerda, libertário, contra os ditames do
catolicismo vigente, em prol da luta do
proletariado e, também, pela emancipação da
mulher. Dessa forma, não foi à toa que Joaquim
Pimenta e sua esposa, Alice Azedo Pimenta,
sofreram um atentado à bomba. Na Faculdade
de Direito do Recife, Joaquim Pimenta batia de
frente, criando polêmicas sem qualquer temor,
tanto que chegou a afrontar a produção literária
do mestre Gilberto Freyre, a quem chamou
de "o homem de um olho só". Nesse sentido,
o cearense Joaquim Pimenta tinha adeptos,
sendo festejado, por exemplo, pelo folclorista
potiguar Câmara Cascudo. O cenário vibrante
da época, descrito pelo regionalista paraibano
José Lins do Rego no seu primeiro romance
urbano, O moleque Ricardo, enfocando a massa
trabalhadora que se formava no Recife, ganhou
contornos bem definidos na pesquisa científica
intitulada Ideias Europeias nos Trópicos,
fomentada pela Faculdade Damas da Instrução
Cristã, onde lecionava Ricardo Japiassu
Simões. A pesquisa resultou neste volume,
onde Japiassu apresenta parte das tantas
atitudes, ideias e incursões que circulavam,
numa seleção das crônicas publicadas entre
1928 e 1929 no periódico O Tacape, que pode
ser considerado o primeiro de orientação
comunista por estas bandas.